
A relação entre paisagismo e saúde mental em ambientes urbanos é extremamente reconhecida por seus resultados positivos no bem-estar psicológico da população. O paisagismo, ao integrar elementos naturais como árvores, plantas, áreas verdes e jardins nos espaços urbanos, contribui para a redução do estresse, melhoria da qualidade de vida e promoção da saúde mental coletiva.
Estudos científicos indicam que a proximidade e o contato visual com áreas verdes diminuem os níveis de cortisol, hormônios relacionados ao estresse, e estão associados a índices de ansiedade e depressão menores. Pesquisas realizadas, inclusive no Brasil, mostram que a presença de vegetação no entorno das residências está inversamente relacionada à ocorrência de transtornos mentais comuns, especialmente em populações de menor renda, independentemente da prática de atividade física.
Além do impacto direto na saúde mental, o paisagismo urbano estimula a interação social, a sensação de pertencimento e a conexão com o meio ambiente, fatores que fortalecem o suporte emocional e a coesão comunitária. Projetos paisagísticos bem planejados, como os de Roberto Burle Marx no Brasil e Frederick Law Olmsted nos EUA, exemplificam como a natureza integrada ao urbanismo pode transformar cidades em espaços mais humanos e acolhedores.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também destaca que as áreas verdes urbanas são essenciais para a promoção da saúde física e mental, reforçando a importância de investimentos em paisagismo para cidades mais sustentáveis e habitáveis.
Em resumo, o paisagismo urbano atua como um poderoso aliado na promoção da saúde mental, oferecendo refúgios naturais que aliviam o estresse, estimulam a convivência social e melhoram a qualidade de vida nas cidades.